O intruso
No findar de outro dia
echarcado da chuva insistente em molhar
um arco-íris de abril, colorido de pingos
se expurgou sala adentro
pela fenda estreita
da janela cerrada
por onde o ar menos tenso se fazia entrar.
Encucado com a astúcia
daquela audaz entidade
que sem pedir licença
invadira o meu cinza
causando em mim mal-estar
me pus de pé afobado
e num piscar de um dos olhos
dei-lhe um chute certeiro
fazendo o azul desbotar.
Com a ajuda de um rodo e o suporte da pá
recolhi os frangalhos do que antes brilhava
despejei o entulho num cinzeiro de hotel
me joguei na almofada, estiquei bem as pernas
bebi dois goles d'agua e voltei a sonhar.
echarcado da chuva insistente em molhar
um arco-íris de abril, colorido de pingos
se expurgou sala adentro
pela fenda estreita
da janela cerrada
por onde o ar menos tenso se fazia entrar.
Encucado com a astúcia
daquela audaz entidade
que sem pedir licença
invadira o meu cinza
causando em mim mal-estar
me pus de pé afobado
e num piscar de um dos olhos
dei-lhe um chute certeiro
fazendo o azul desbotar.
Com a ajuda de um rodo e o suporte da pá
recolhi os frangalhos do que antes brilhava
despejei o entulho num cinzeiro de hotel
me joguei na almofada, estiquei bem as pernas
bebi dois goles d'agua e voltei a sonhar.
3 Comments:
mui belo, seu Galvão...
em q outro local posso repetir meu recado?
hehehe
galvão galvão esse seu narigão é um tesão!!! casa comigo?
maldito arco-iris!
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