sexta-feira, abril 27, 2007

Mergulho em salmoura
as mãos
cobertas ao lado da cama
esperando o frio
escambar o c do seco
por x
transformando em sexo.

Malditos estranhos
de quem não posso
nada aceitar
fico tentado
tentando
dizer sim.

Não faz sentido
sentindo
assim...

Mas precisa ter fim.
VÁ PRO INFERNO!
gritava em prantos
cuspindo as lorotas
que dele engoliu,
ou quase.

Algumas ainda
não mastigadas.

Frouxo, covarde, louco
falso, demente e roto
de todos impropérios criados
tinha ele um pouco.

Existiram ultrajes
que ela fundava ali
na hora
enquanto babava
o final de namoro
porque ele a traiu.

quinta-feira, abril 26, 2007

Sou capaz de sempre
aceitar, sem concordar.

Acreditas que sou
submisso assim
?

Numa faísca de fúria
mudaria agora

prum cenário melhor
se buscares o controle remoto
pra mim.
Deveras discreto
cabelo engomado
colarinho aprumado
nunca viu uma mulher
pelada, de perto.
Aguando letrinhas
bem pequeninas
sobre papel
na maioria das vezes branco
- que já vi uma vez bem de perto -

consegue Seu Manoel
acender vagalumes
por diversão predileta.

Ah!
se me sorrissem
as moscas...

eu virava poeta.